Síria

Oficiais israelenses, americanos, britânicos, sauditas e turcos morrem após ataque russo a centro de comando do Estado Islâmico

CURTA PANORAMA LIVRE NO FACEBOOK

Três mísseis Kalibr disparados por navios da marinha russa destruíram um centro de comando do Estado Islâmico na região de Aleppo, na Síria, matando cerca de trinta oficiais, israelenses, britânicos, americanos, turcos, catares e sauditas. Tais oficiais dirigiam operações ao lado de grupos terroristas na região.

É importante frisar que de todos os países na Síria, apenas Rússia e Irã estão atuando legalmente pois ambos operam a pedido do presidente Bashar al-Assad.

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Quem primeiro noticiou foi a agência russa Sputnik por meio de sua filial que faz publicações na língua árabe – “Os navios de guerra russos dispararam três mísseis Kalibr em uma sala de operações de coordenação de oficiais estrangeiros, na região Dar Ezza, na parte ocidental de Aleppo próximos à montanha Sam’an, matando 30 oficiais israelenses e ocidentais,”

A sala de operações foi localizada na parte ocidental da província de Aleppo no meio da montanha Sam’an e em cavernas antigas. A região está nas profundezas de uma cadeia de montanhas.

Como já citado, oficiais dos Estados Unidos, Turquia, Arábia Saudita, Catar e da Grã bretanha também foram mortos, juntamente com oficiais israelenses. Os oficiais estrangeiros que foram mortos na sala de operações estavam dirigindo os ataques dos terroristas em Aleppo e Idlib.

Nos últimos dias a força aérea americana atacou e matou mais de 60 soldados do exército sírio

Vale lembrar que há menos de uma semana a força aérea dos Estados Unidos atacou posições do exército sírio matando ao menos 62 soldados das forças de Assad. Simultaneamente o Estado Islâmico se aproveitou do ataque e ganhou territórios e boa posição de artilharia em Deir ez-Zor. A Rússia convocou uma reunião no conselho de segurança da ONU para acusar os Estados Unidos de estarem ajudando o Estado Islâmico na Síria. Já o Comando Central do exército americano disse que o ataque não passou de um erro. Entretanto ficou claro que os Estados Unidos e seus aliados fazem de tudo para enfraquecer Assad e suas tropas de maneira deliberada.

Os avanços do exército sírio

Um fonte revelou que no começo de setembro, as unidades do exército sírio lançaram um ataque preventivo contra os terroristas da chamada Sala de Operações de Allepo em suas bases próximas a estrada de Castello ao norte de Aleppo e nas fazendas de Mallah, frustrando assim seus planos de atacarem rotas de abastecimento da região.

A fonte disse que unidades de artilharia do exército atacaram as beses dos terroristas perto de fazendas em Castello e Mallah em Zahra Abdo Rabá, Kafar Hamra e Hurayatyn, ferindo e matando dezenas de militantes.

Além disso, a força aérea síria atacou a rota de abastecimento no Norte de Aleppo que vai em direção a Hayyan e Adnan, bem como as estradas de abastecimento a oeste de Aleppo que vão para o norte, alem de quebraram os comboios terroristas em al-Aratab, Urom Kobra e Ma’ara al- Artiq forçando muitos deles a fugirem para as fronteiras turcas.

“Um número de armazéns principais de Khan Touman estão agora sob o controle do exército sírio”, finalizou a mídia de língua árabe.

Referências:

Fars News

Réseau International

 

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Sionismo

Força aérea israelense ataca exército da Síria na região das colinas de Golã

Se Israel convive pacificamente com os terroristas do Estado Islâmico nas fronteiras das colinas de Golã – como noticiou Panorama Livre – o mesmo não pode se dizer em relação ao Exército Sírio. A força aérea israelense disparou dois mísseis na direção das posições defendidas pelo exército sírio de Bashar al-Assad na noite desta segunda-feira (25).

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Segundo uma fonte militar, os mísseis israelenses erraram os alvos localizados na cidade de Ba’ath. Os helicópteros israelenses atacaram posições da artilharia (morteiros) do Exército Árabe da Síria em Ba’ath porque de acordo com relatórios anteriores vários morteiros teriam sido disparados na parte ocupada por Israel nas colinas de Golã.

No entanto, o Exército Árabe da Síria negou ter disparado morteiros para a parta ocupada por Israel em Golã. Além disso, o exército sírio acusou os rebeldes jihadistas da Jabhat Al-Nusra (braço sírio da Al-Qaeda) de desencadear uma resposta violenta aos militares israelenses.

No passado, os rebeldes jihadistas usaram sua presença na fronteira com Israel como uma maneira de instigar um confronto violento entre os exércitos de Israel e da Síria. Vale lembrar que inúmeros jihadistas que hoje levam terror a Síria já foram flagrados com armas vindas de Israel, Estados Unidos, Reino Unido, Turquia, França e até mesmo Romênia.

Em janeiro, o ministro da defesa de Israel declarou que prefere o Estado Islâmico ocupando a Síria no lugar do Irã – este último aliado de Bashar al-Assad. Curiosamente os inimigos de Israel são os mesmos do Estado Islâmico: Irã, Assad e Hezbollah. Novamente Israel parece estar protegendo o Estado Islâmico das forças de Assad.

Referência: Al-Masdar News

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Sionismo

Israel e Estado Islâmico convivem sem se atacarem na região das colinas de Golã

Israel ignora grupo do Estado Islâmico que está baseada ao lado das colinas de Golã, no vale Yarmouk. A presença desse grupo do Estado Islâmico tão perto de Israel levanta muitas questões, como a possível colaboração entre ambas as partes.

O primeiro questionamento seria o porquê do Estado Islâmico não atacar Israel a partir da referida base? Da mesma forma por que a Força de Defesa de Israel (exército de Israel) ainda não atacou esse grupo de extremistas, que atualmente é pequeno e fraco, em sua fronteira? As respostas a essas perguntas mostram o que há por trás de tamanha passividade.

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O vale Yarmouk está encravado entre Jordânia, Síria e nos territórios ocupados por Israel nas colinas de Golã. O vale consiste em algumas pequenas cidades, a maioria das quais estão agora controladas pelo Estado Islâmico filiadas ao Liwa Shuhada al-Yarmouk ou Brigada dos Mártires de Yarmouk (BMY). Este grupo foi criado por Mohammad al-Baridi, conhecido por seu apelido “O Tio ‘, em 2012, no sudoeste da Síria, bem próximo de Israel.

O grupo começou relativamente moderado, com uma estreita aliança com o Exército de Libertação da Síria, este último apoiado por Estados Unidos, França, Reino Unido, Israel e outros aliados. Mas a moderação rapidamente se dissipou durante o curso da guerra civil síria.

O início de 2013 porém viu a Brigada dos Mártires ganhar poder no vale de Yarmouk. O grupo em 2013 passou a ter confrontos militares com Jabhat al-Nusra, o grupo sírio da al-Qaeda, que detinha o poder em Daraa (sudoeste da Síria). Isto levou ao assassinato de al-Baridi pela al-Nusra em novembro de 2015. Durante este tempo, o grupo construiu uma pequena área para si na orla de Daraa junto às colinas de Golã. A Brigada dos Mártires continuou a se distanciar da al-Nusra, enquanto ainda promovia leis islâmicas conservadoras.

A Brigada dos Mártires de Yarmouk começou, em 2015, a implementar reformas islâmicas. A política foi implementada sob al-Baridi (líder assassinado) que tentou “corrigir” as políticas do regime anterior. Isto incluiu a criação de um tribunal e de uma força de polícia islâmica. A Brigada dos Mártires também mudou o nome de seu departamento de governança para Diwan al-hisba – “Diwan” traduzindo do termo regional significa “Estado Islâmico”. O grupo até mudou seu logotipo para incorporar a bandeira do Estado Islâmico. Até o final de 2015 a Brigada dos Mártires de Yarmouk tornou-se um sub-grupo do Estado Islâmico apenas a poucos passos de distância de Israel que parece não se importar muito visto que o Estado Islâmico é um exército mercenário usado no projeto da criação da Grande Israel.

E de fato a aliança entre a Brigada e os terroristas significa que o Estado Islâmico agora compartilha uma fronteira com Israel. Em um dos discursos de al-Baghdadi – líder do Estado Islâmico morto no início de 2016 e que chegou a receber cuidados médicos de Israel – ele falou sobre a ocupação sionista, no entanto ele só se referia à área como “Palestina”, provavelmente em um esforço para evitar reconhecer tal “estado”, visando assim manter as aparências. Al-Baghdadi lembrou aos judeus da ‘Palestina’ que o Estado Islâmico não se esqueceu deles, mas pelo correr dos fatos, obviamente tudo não passa de bravatas.

A Brigada dos Mártires de Yarmouk já provocou indignação internacional quando em 2013, o grupo sequestrou cerca de 20 soldados das forças de paz das Filipinas que serviam as Nações Unidas. Eles mantiveram os reféns por duas semanas antes de liberá-los.

Lembrando que o sequestro se deu dentro de territórios ocupados por Israel e ainda sim isso não foi o suficiente para Israel atacar o grupo. Pelo visto Israel não anda muito preocupado e nem enxerga como ameaça um grupo capaz de atacar  soldados que servem a ONU.

Israel ataca os inimigos do Estado Islâmico mas não o Estado Islâmico

Israel teve vários ataques aéreos autorizados pela Síria durante a guerra civil no país. Estes ataques aéreos no entanto, não tiveram como alvo o Estado Islâmico ou a al-Nusra ou outros grupos jihadistas sunitas. Estes ataques foram direcionados aos grupos filiados aos xiitas, predominantemente o Hezbollah – grupo que reconhece o governo Assad e é inimigo do Estado Islâmico.

Israel, em setembro de 2014, também abateu um avião da Força Aérea Síria que penetrou no espaço aéreo de Golã: pela primeira vez desde a guerra árabe-israelense de 1973 que a Força de Defesa de Israel  atacou um veículo militar oficial da Síria. Israel mostrou durante a guerra civil síria, que está disposto a atacar aqueles que ameaçam sua integridade territorial mas não o Estado Islâmico, deixando claro que os terroristas fazem um trabalho sujo a favor do sionismo.

A Brigada dos Mártires de Yarmouk  entrou no território israelense e ainda sim nenhum conflito foi registrado. Na verdade houveram relatos publicados pela revista Foreign Policy, que Israel está longe de combater as milícias na fronteira de Golã e que, pelo contrário, a ocupação sionista estaria prestando cuidados de saúde aos militantes do Estado Islâmico.

Cerca de 1.000 “sírios”, em 14 meses receberam tratamento, de acordo com o tenente-coronel Peter Lerner. O tenente-coronel chegou a dizer – “nós não fazemos qualquer habilitação ou verificar de onde eles são ou qual grupo eles estão lutando, ou se são civis.”

Muitos se perguntam por que Israel tem uma postura tão relaxada em relação ao Estado Islâmico, quando na verdade é perceptível que o regime sionista aparelhou o Estado Islâmico.

É nítido que Israel não está focado em atacar o Estado Islâmico e grupos sunitas, mas sim os grupos xiitas na Síria. Os ataques aéreos de Israel atingem forças do regime Assad e o Hezbollah, mas nunca o Estado Islâmico ou a al-Nusra.

Uma correspondência entre a então secretária de Estado americano, Hillary Clinton e o conselheiro político Jacob Sullivan, sobre os objetivos de Israel na região, expuseram porque Israel ignora o Estado Islâmico. Em 2012, no início do conflito, Sullivan disse que havia “um lado positivo para a guerra civil na Síria.” Este dito “lado positivo”, para uma guerra que custou mais de 400 mil vidas era que, “se o regime Assad tombasse, o Irã perderia seu único aliado no Oriente Médio e seria isolado”. Isso iria agradar Israel, que sob o governo de Netanyahu não parou de fazer alarde de uma possível ameaça iraniana. Uma guerra que desestabiliza o aliado do Irã beneficiaria os interesses israelenses. Esta crença maquiavélica explica como o Estado Islâmico é usado para desestabilizar a região pelo eixo Londres-Washington-Tel Aviv.

O vale do Yarmouk ser tranquilamente controlado pelo Estado Islâmico é só mais uma amostra que Israel maquinou perfeitamente a balcanização da região e que, acima de tudo, mantém seus aliados bem próximos e protegidos.

Referência:

Open Democracy

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Geopolítica

Israel impede destruição dos terroristas na Síria, garante general iraniano

O assessor de segurança do quadro de generais das Forças Armadas do Irã, o general  Hassan Rastegarpanah, declarou nesta quarta-feira (4) que o Estado Islâmico seria facilmente derrotado caso Israel não estivesse apoiando os jihadistas com ajuda médica e munição.

“Se não fosse pelo apoio da inteligência de Israel para os terroristas, os grupos terroristas na Síria certamente teriam sido destruídos por volta de 2 ou 3 anos atrás”, garantiu o General Rastegarpanah.

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O General também disse que hoje todo mundo está ciente de que as organizações dissidentes que estão enfrentando o governo sírio são subgrupos de órgãos de inteligência de Israel. O General Rastegarpanah reiterou que os terroristas facilmente comutam entre a Síria e Israel e acrescentou, “os sionistas montam hospitais de campanha para os terroristas e abastecem eles com munição”.

Ministro da Defesa do Irã apontou os países que ajudam os terroristas

No mês passado, o Ministro da Defesa iraniano, o general-brigadeiro Hossein Dehqan advertiu as nações do mundo da ameaça imposta por grupos terroristas que são apoiados por Estados Unidos, Israel e Arábia Saudita.

“Acreditamos que hoje o mundo inteiro está ameaçado pela insegurança, instabilidade e pela disseminação do horror resultado dos atos dos grupos terroristas Takfiri-sionistas que são apoiados por Estados Unidos, Israel e alguns países da região, liderados pela Arábia Saudita.”, expôs o General Dehqan, abordando a Conferência de Moscou sobre Segurança Internacional .

Ele também minimizou a eficácia das chamadas coligações anti-terrorismo por simpatizantes dos terroristas, dizendo que eles não estão interessados em batalhas sérias e decisivas contra os terroristas e que de fato apenas revigoram e recrutam pessoas para os grupos terroristas sob o disfarce de ajuda humanitária, tréguas, negociações e slogans enganosos.

Também em abril, o secretário de Conselho de Guardiões do Irã Mohsen Rezayee disse que os EUA, Israel e alguns estados regionais estão colaborando para aumentar as ameaças contra a República Islâmica do Irã.

“Os inimigos usaram o ex-ditador iraquiano Saddam para uma guerra imposta, bem como sanções para enfraquecer o aparato islâmico no Irã e hoje eles estão manipulando as guerras ‘proxy’ (com grupos mercenários) para atingir o mesmo objetivo”, explicou Rezayee.

O secretário do Conselho de Guardiões do Irã reiterou que a nação iraniana vai frustrar as tramas feitas pelos Estados Unidos e Israel.

Referência: Fars News

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Militar

Síria captura veículo com armas e munições vindas de Israel na cidade de As-Suwayda

Os meios de comunicação oficiais da Síria noticiaram que as autoridades em As-Suwayda, uma cidade no sul do país, capturaram veículos que contêm minas israelenses. As fotografias publicadas em meios de comunicação sírios, nesta quarta-feira (27), mostram morteiros, RPGs e granadas com instruções em hebraico, sobre como manejar as armas.

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Novamente Israel flagrado fornecendo armas para terroristas

No dia 17 de fevereiro de 2016, Panorama Livre mostrou que Forças sírias confiscaram do Estado Islâmico armas, munições e minas letais vindas de Israel. Vale lembrar também queno dia 18 de junho de 2015, Israel lançou ataques de mísseis contra uma base militar síria na mesma cidade de As-Suwayda, conforme noticiou o portal Fars News Agency. Ou seja, o estado sionista já fez movimentações anteriores contra as forças do regime Assad na cidade síria onde agora foi flagrado fornecendo armas para grupos terroristas.

Referência: Ynet

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Terrorismo

Estado Islâmico quer ataque nuclear em Londres – segundo especialistas da OTAN e União Europeia

Chefes de segurança da OTAN e da União Europeia são claros: o Estado Islâmico quer usar armas químicas ou nucleares para atacar a Grã-Bretanha.

Durante a conferência de Segurança e Contra-Terrorismo, em Londres, realizada na terça e quarta-feira (19 e 20), um grupo de policiais e especialistas em contra-terrorismo fizeram um terrível aviso: o Estado Islâmico deseja fazer grandes ataques ao Reino Unido e a possibilidade é real.

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Jorge Berto Silva, vice-chefe de contra-terrorismo da Comissão Europeia, disse ao jornal Telegraph que existe uma preocupação justificada com ataques do Estado Islâmico com materiais químicos, biológicos, radioativos e materiais nucleares.

Sua opinião foi partilhada pelo Dr. Jamie Shea, vice-chefe da OTAN sobre ameaças emergentes, que disse na conferência sabe que os terroristas estão tentando adquirir essas substâncias. O Dr. Jamie Shea também alertou que o grupo islâmico pode ser dividir em dois com um “estado” baseado no Iraque Síria e uma rede de células terroristas na Europa.

Autoridades policiais revelaram planos para treinar um milhão de trabalhadores do Reino Unido para lidar com ataques terroristas ao longo dos próximos 12 meses. Um grupo de ex-oficiais de segurança também lançaram uma iniciativa para examinar as fronteiras da Grã-Bretanha.

O Chefe do Conselho Nacional de Polícia quer ver o número de trabalhadores treinados a incidentes terroristas aumentar para além de sua taxa atual de 100.000 empregados por ano.

O detetive superintendente Scott Wilson, Coordenador da Luta Antiterrorista da polícia, é esperado para anunciar a expansão do Projeto Griffin em um futuro próximo.

Ele disse à estatal BBC que precisa de todos para desempenhar um papel que mantenha o público em alerta mas não alarmado.

Em uma carta aberta ao Telegraph, dois ex-comandantes da Polícia Metropolitana, sendo um deles o ex-chefe do comando de combate ao terrorismo disse que, independentemente da Grã-Bretanha sair da União Europeia, o compartilhamento  de informações e o controle das fronteiras deve ser levado a sério.

Na carta os comandantes também disseram que os ataques terroristas recentes na Europa foram “um aviso para o governo britânico sobre a necessidade de melhor proteger as fronteiras do país.”

Em fevereiro, o portal russo RT falou com uma fonte da Royal Navy (Marinha Britânica) que denunciou e vazou um relatório sobre, entre outras coisas, a potencial facilidade de acesso às instalações nucleares do Reino Unido.

O engenheiro de submarinos nuclear William McNeilly, que foi expulso do serviço por suas revelações, disse: “Eu não liberei o meu relatório para desacreditar a Marinha Real. Eu liberei meu relatório porque a seguridade e a segurança [na base naval Trident] não estão sendo levadas a sério. Porque é um risco para as pessoas e um risco para a pátria. ”

Circo armado para atentados que causariam forte comoção

Rotineiramente inúmeras matérias mostram toda colaboração dos países ditos ocidentais com o Estado Islâmico (armas cedidas, insumos e mantimentos, cuidados médicos a seus líderes, ajuda de inteligência) e agora denuncias que as autoridades destes mesmos países ignoram os alertas de segurança de seus militares e cidadãos.

Está muito claro que as autoridades britânicas desejam que os atentados aconteçam para gerar enorme comoção, levando a opinião pública a abraçar uma intervenção com exército nacional por terra no Oriente Médio visto que o próprio Estado Islâmico – exército mercenário – não conseguiu eliminar Bashas al-Assad da região.

O próprio jornal britânico Telegraph já mostrou a hipótese de grandes atentados com artefatos nucleares em uma série que publicou chamada Operação Blackjack.

O ambiente está todo preparado, os grandes cabalistas judeus, donos do poderio financeiro de Londres, capitaneados pelos Rothschild, apenas aguardam esse próximo passo que provavelmente colocará o mundo em um estado de guerra mais avançado tornando mais próximo a a possibilidade de reconstrução do terceiro templo e a implantação da Grande Israel.

Referência:

RT

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Guerra

Brigada do Azerbaijão que integrava Estado Islâmico abandona Síria para lutar em Nagorno-Karabakh

A Brigada do Estado Islâmico composta por soldados do Azerbaijão deixou a Síria para se juntar aos compatriotas na guerra em Nagorno-Karabakh, entre Azerbaijão e separatistas apoiados pela Armênia. A Brigada que contém algumas centenas de soldados azeris (quem nasce no Azerbaijão) seguiu em direção a região do novo conflito pela Turquia.

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Os combatentes do Azerbaijão causaram um grande escândalo no acampamento do Estado Islâmico em Raqqa; após a debandada, já que os terroristas islâmicos têm atitudes extremamente rígidas com aquilo que consideram má conduta, especialmente após as seguidas derrotas e os recentes sucessos militares das forças do governo sírio.

Esta não foi a primeira debandada dos azeris – os terroristas do Estado Islâmico já acusaram seus colegas do Azerbaijão de traição no passado quando, em janeiro de 2015, por exemplo, os islâmicos executaram o comandante de campo Siraj Azeri depois de pegá-lo espionando.

Durante a guerra na Síria, cerca de uma centena de cidadãos do Azerbaijão foram mortos. Tais números foram fornecidos pelas agências de mídia oficiais da República da Transcaucásia (região composta por Armênia, Geórgia e Azerbaijão). Na realidade, este número pode ser muito maior.

O conflito em Nagorno-Karabakh

Vale lembrar que o conflito em Nagorno-Karabakh se intensificou no dia 2 de Abril. Os representantes da NKR (República do Nagorno-Karabakh) não reconhecida, o Ministério da Defesa da Armênia e oficiais de segurança do Azerbaijão relataram bombardeios e confrontos.

Segundo a ONU, 33 pessoas já foram mortas durante o conflito na República separatista, e cerca de 200 ficaram feridas. Os separatistas são armênios étnicos – apoiados pela Armênia – que vivem no Azerbaijão e que desejam autonomia.

Referências:

Tvzvezda

Fort Russ

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Terrorismo

Estado Islâmico usou gás mostarda contra exército sírio – terroristas planejam ataques em Londres e Roma

A agência oficial de notícias da Síria – SANA – reportou que o Estado Islâmico fez uso de gás mostarda contra as forças do governo Assad, ontem (4). O ataque ocorreu na cidade sitiada de Deir Ezzor. A informação também foi confirmada pela TV estatal Ikhbariyah.

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O aeroporto de Deir Ezzor tem sido um ponto chave de tensões e batalhas entre o Estado Islâmico, grupos rebeldes rivais e forças do regime sírio.

Lembrando que relatórios sobre o uso de gás mostarda não puderam ser verificados de forma independente anteriormente, porém grupos curdos e turcomanos já haviam relatado sua utilização, por parte do Estado Islâmico, antes.

A Agência de Notícias Árabe Síria, estatal do governo sírio, disse que as operações continuaram a ocorrer em Deir Ezzor perto de al-Juffrah, nesta terça-feira (5).
A agênia noticiou os “frustrados” ataques do Estado Islâmico na área do aeroporto, relatando que veículos e armamentos do grupo terrorista foram destruídos e vários militantes mortos.

Enquanto isso, a mídia oficial do Estado Islâmico tem feito alegações de que o grupo estaria se preparando para atacar Londres e Roma em um futuro próximo.

Referência:

Ynet News

Independent

Standard
Terrorismo

Estados Unidos e aliados temem possíveis ataques nucleares do Estado Islâmico

Líderes mundiais demonstraram preocupação com a possibilidade do Estado Islâmico ou outros terroristas executarem um ataque nuclear em uma grande cidade do ocidente. Na última quinta-feira (31), Barack Obama e líderes de aproximadamente 50 países se reuniram em uma cúpula de segurança nuclear tendo como foco principal impedir que os terroristas obtenham materiais nucleares.

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As autoridades de segurança alertam que os ingredientes para um dispositivo nuclear ou uma “bomba suja” são assustadoramente inseguros e de fácil obtenção.

“Sabemos que as organizações terroristas têm o desejo de terem acesso a essas matérias-primas para terem um dispositivo nuclear”, disse Ben Rhodes, vice-conselheiro de segurança nacional de Obama. Ainda assim, a Casa Branca disse que não havia nenhuma indicação de uma trama iminente.

Os estragos que tal ataque poderia causar em uma área urbana como Nova York ou Londres motivaram o agendamento de uma sessão especial sobre a ameaça durante a cúpula de dois dias. Autoridades norte-americanas disseram que os líderes discutiram um cenário hipotético sobre uma cadeia de eventos que poderiam levar ao terrorismo nuclear.

Cerca de 2.000 toneladas de urânio altamente enriquecidos e plutônio separado são utilizados em programas civis ou militares e poderia ser transformados em uma bomba nuclear em caso de roubo ou desvio, informou a Casa Branca.

Menos da metade dos países participantes da reunião sequer concordaram em garantir a segurança necessária para suas fontes de material radioativo que poderiam ser usados para uma “bomba suja”.

Putin não compareceu

O presidente russo, Vladimir Putin se recusou a participar. Moscou zombou e considerou a cúpula parte dos esforços dos EUA para assumirem o controle do processo. O primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif cancelou a viagem depois de um bombardeio de Páscoa, que matou 72 pessoas.

Obviamente as preocupações dos EUA e das potências europeias, sobre o Estado Islâmico, soam como piada visto que corriqueiramente inúmeros relatos e matérias mostram a colaboração entre as potências ocidentais e os terroristas islâmicos. Com tanta informação disponível sobre a relação de Israel, EUA e aliados com o Estado Islâmico o que pode-se pensar é que estão apenas abrindo caminho para um atentado em escala colossal que force as potências ocidentais a intervirem com força total no Oriente Médio.

Inclusive ataques nucleares nas cidades de Nova Iorque e Londres, as quais foram citadas pela cúpula da reunião, já foram algo ventilado em uma série do jornal The Telegraph chamada “Operação Black Jack”.

Referência:

Denver Post

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Entrevista

Bashar al-Assad cita colaboradores do terrorismo e não crê em federalismo para Síria

O presidente da Síria Bashar al-Assad concedeu uma entrevista nesta quarta (30) à agências russas RIA Novosti e Sputnik. Entre alguns pontos salientou que a Síria não está pronta para o federalismo e acredita que se for colocada tal pauta para votação o povo sírio não aprovaria.

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Na entrevista Assad destacou também o apoio russo e de outros aliados dados a Síria e que o avanço do regime sírio em deter os inimigos só vai acelerar a solução dos problemas internos do país.

O presidente também disse que o terrorismo na Síria e Iraque é apoiado pela Turquia, Arábia Saudita e também por algumas potências europeias como França e Grã-Bretanha, enquanto outros países se comportam como transeuntes e curiosos, afirmando que as sanções ocidentais impostas à Síria são uma das causas do grande fluxo de emigração que se abateu na Europa.

A entrevista completa

Pergunta 1: Muito está sendo dito sobre os refugiados sírios. A grande maioria dos refugiados na Europa se apresentam como sírios, até mesmo paquistaneses. De acordo com dados alemães, 77% dos refugiados não têm documentos de identificação. Queremos entender como você avalia o número de refugiados que foram obrigados a deixar o país e por que eles fugiram do país, e o número de pessoas deslocadas no interior da Síria. Nós gostaríamos de obter uma avaliação correta sobre esta questão.

Presidente Assad: Claro, não há números precisos sobre aqueles que deixaram a Síria ou foram deslocados dentro da Síria. Há valores aproximados, porque as pessoas se movem dentro da Síria, sem registrarem-se como pessoas deslocadas. Eles vão para aldeias onde têm parentes e vivem com as famílias dos amigos. A maioria deles chegam de áreas onde há terroristas e passam para áreas controladas pelo Estado, buscando segurança. Mas eu não acredito que o problema seja como (especialistas) avaliam. O problema é que, até agora, não há nenhuma ação séria tomada por muitos países do mundo para resolver o problema dessas pessoas. Eles lidam com a questão da emigração como se ela só dissesse respeito ao mundo exterior. Eles querem recebê-los em alguns países europeus, fornecer-lhes abrigo e ajuda, e, provavelmente, enviar alguma ajuda aos deslocados dentro da Síria. Isto não resolve o problema. O principal problema é o do terrorismo. É por isso que devemos lutar contra o terrorismo a nível internacional, porque o terrorismo não está relacionado somente com a Síria. Ele existe no Iraque, ele é apoiado diretamente pela Turquia, pela família real saudita, e alguns países ocidentais como França e Grã-Bretanha. Outros países se comportam como transeuntes e curiosos. Eles não tomam qualquer ação séria. Eu acredito que aqui reside o problema, e não nos próprios números.

Pergunta 2: Estou certo de que você está esperando pelos sírios para que retornem ao seu país. Mas isso vai acontecer após a reconstrução. Você tem estimativas do tamanho da destruição e danos causados ​​à Síria durante os últimos anos?

Presidente Assad: Os prejuízos econômicos, relacionados à infraestrutura, são mais de 200 bilhões de dólares. Os prejuízos econômicos podem ser reparados imediatamente depois as coisas se acalmarem na Síria. Mas a infraestrutura demora muito tempo. Nós começamos o processo de reconstrução, mesmo antes de a crise ter terminado, a fim de aliviar, tanto quanto possível, o impacto do dano econômico e os danos à infraestrutura sobre o cidadão sírio, e ao mesmo tempo para reduzir a emigração. Aqueles que gostariam de voltar podem fazê-lo quando eles visualizarem que há esperança de que as coisas vão melhorar. A emigração não é causado apenas pelo terrorismo e pela situação de segurança. Também é causada pelas sanções ocidentais impostas à Síria. Muitas pessoas emigraram de áreas seguras, que não têm o terrorismo por causa das condições de vida. As pessoas já não são capazes de obter as suas necessidades. É por isso que, como um Estado, devemos tomar medidas, ainda que iniciais, a fim de melhorar as condições econômicas e de serviços na Síria. Isso é o que estamos fazendo a respeito de reconstrução.

Pergunta 3: É claro, a Síria depende da ajuda da comunidade internacional. Em de quem você vai depender na reconstrução de seu país, e como encara o papel das empresas e as empresas russas?

Presidente Assad: O processo de reconstrução é rentável em todos os casos para as empresas que vão participar da mesma, particularmente se eles poderiam obter empréstimos seguros dos países que irão apoiá-los. É claro, esperamos que, neste caso, que o processo vá depender dos três principais países que apoiaram a Síria durante esta crise: Rússia, China e Irã. Mas eu acredito que muitos dos países que foram contra a Síria, e eu digo países ocidentais, em primeiro lugar, tentarão enviar suas empresas para fazer parte deste processo. Mas para nós na Síria, não há dúvida de que a direção principal será em direção a países amigos. Não há dúvida de que, se você perguntar a qualquer cidadão sírio sobre isso, sua resposta será política e emocionalmente que gostaríamos de empresas desses três países, particularmente na Rússia. E quando falamos sobre a infraestrutura, que inclui talvez não apenas dezenas de áreas e especialidades, mas centenas. É por isso que haverá um espaço muito grande para todas as empresas russas para participar no processo de reconstrução Síria.

Pergunta 4: Sr. Presidente, passamos para a parte política. Como o senhor avalia os resultados das negociações que terminaram na semana passada em Genebra sobre a Síria?

Presidente Assad: Até agora, não podemos dizer que algo foi alcançado nas conversações de Genebra, mas nós começamos agora com as coisas principais, ou seja, que estabelecem os princípios básicos sobre os quais serão construídas as negociações. Quaisquer negociações feitas sem princípios se transformarão em negociações caóticas que não produzirão nada, permitindo que cada parte seja intransigente e permite que outros países interfiram de forma não objectiva. Nós começamos com um papel de princípios. Nosso trabalho principal foi com o Sr. de Mistura (Staffan de Mistura), não com a outra parte que estamos negociando com, e vamos continuar as discussões sobre este documento na próxima rodada. Posso dizer agora que o que foi alcançado na primeira rodada é o começo da definição de uma metodologia para o sucesso das negociações. Se continuarmos com esta metodologia, as outras rodadas vão ser boas ou produtivas.

Pergunta 5: Eu queria perguntar-lhe sobre isso. Quais são as posições a partir da qual a Síria vai começar a próxima rodada de negociações, quando o que é chamado de “transição política” será discutido? E então a questão de um órgão de governo de transição será gerado. Qual é a sua opinião sobre o mecanismo de formação de tal corpo?

Presidente Assad: Primeiro, relativo à definição do período de transição, não há nenhuma definição. Nós na Síria acreditamos que o conceito de transição política significa passar de uma constituição para outra, e a constituição expressa a forma do sistema político necessário para o período de transição, de modo que o período de transição deve continuar sob a atual constituição, e depois passar para o próxima constituição depois de ser votada pelo povo sírio. Até esse momento, o que podemos fazer, na nossa perspectiva, na Síria, é garantir que haverá um governo. Esta estrutura transitória, ou forma de transição, é um governo constituído por todo o espectro das forças políticas sírias: a oposição, independentes, o atual governo, e outros. O principal objetivo deste governo será a elaboração da Constituição, colocando-a para votação dos sírios, e depois passar para a próxima constituição. Não há nada, nem na constituição síria nem em qualquer outra constituição no mundo, chamado de “corpo de transição”. Isto é ilógico e inconstitucional. Quais são as autoridades deste corpo? Como deve executar as atividades diárias referentes a população? Quem supervisiona o seu desempenho? Agora há a Assembleia Popular (Parlamento) e uma constituição que governa sobre o governo e o Estado. É por isso que a solução é a formação de um governo de unidade nacional que se prepare para uma nova constituição.

Pergunta 6: Aqui, a respeito deste governo, eu queria perguntar-lhe sobre o mecanismo de formar-lo. Quem vai nomear isso? Também será o Parlamento eleito em 13 de abril, ou você pessoalmente? Ou você está indo para permitir uma entrada internacional nisto? Como o governo vai ser formado?

Presidente Assad: Este é o objetivo de Genebra, um diálogo entre sírios em que estamos de acordo para a formação deste governo. Claro, não chegamos a uma concepção final ainda, porque as outras partes da Síria não concordaram com o princípio ainda. Há aqueles que concordaram, mas quando estamos todos de acordo com o princípio, vamos falar sobre como ela será implementada. É lógico ter forças independentes, forças da oposição e forças leais ao governo representadas. Isto é, em princípio. Quanto à forma como este será distribuído tecnicamente, você sabe, há ministérios com carteiras, outros sem carteiras, ministros que irão juntar-se ao estado sem qualquer experiência no trabalho do governo. Como eles poderiam executar os assuntos diários relacionados a população? Há muitas perguntas detalhadas que devem ser discutidas entre nós, em Genebra, mas estas questões não são complicadas. Eu não acho que elas sejam complicados. Todas elas são solucionáveis. A Assembleia do Povo não tem nenhum papel neste processo. É um processo conduzido entre nós e a oposição fora da Síria. Assembleia Popular supervisiona o trabalho do governo, mas não designa o governo na Síria.

Pergunta 7: Você acredita que a estrutura do próximo Parlamento será multi-partidária?

Presidente Assad: Isso depende do eleitorado da Síria. Haverá novas cores na sociedade síria? Em outras palavras, não é o suficiente, como aconteceu nas eleições parlamentares em 2000, ter novos partidos. Você pode formar uma centena de partidos; mas isso não significa que todos eles serão representados nas eleições. Qual é a forma aceitável para o cidadão sírio votar? Como você sabe, essas coisas não acontecem rapidamente. Eles precisam de tempo. Cada novo partido precisa provar seu ponto de vista e o programa de política para os cidadãos, e em circunstâncias tão difíceis, talvez, as pessoas, por natureza, não querem tentar um monte de coisas novas. Talvez quando a situação de segurança melhorar, vamos ver isso de uma maneira melhore. Os cidadãos terão preocupações políticas mais do que as preocupações relacionadas com as condições de vida. Hoje, as pessoas pensam antes de tudo sobre suas vidas, sobre a sua segurança, e, em seguida, sobre as condições de vida, a educação de seus filhos e sobre a sua saúde. Outras preocupações vêm mais tarde. É por isso que, nas presentes condições, eu não espero ver uma mudança real e radical.

Pergunta 8: Apesar de tudo isso, como é que os seus sucessos no campo de batalha e as vitórias das forças governamentais, ajudam na transição política? Há aqueles que acreditam que isso fará com que a sua posição nas negociações de Genebra sejam mais duras. Isso ameaçaria o processo político?

Presidente Assad: Esta é uma pergunta muito importante, porque há aqueles que acusam nós e a Rússia disso, já que a luta da Rússia contra o terrorismo é retratada como apoio ao presidente ou o governo sírio, e, consequentemente, é um obstáculo em face do processo político. Isso teria sido verdadeiro se não fossemos flexíveis, desde o início, ou se tivéssemos sido muito intransigentes. Mas se você voltar para a política do Estado sírio para os últimos cinco anos, você vai descobrir que temos respondido a todas as iniciativas sem excepção, e de todas as direções, mesmo quando elas não eram genuínas. O nosso objetivo era que nós não queríamos deixar de tentar qualquer oportunidade para resolver a crise síria. É por isso que eu posso resumir a resposta a este ponto, dizendo que o apoio militar russo, o apoio dos amigos da Síria, e todas as conquistas militares sírias vão acelerar a solução política e não o contrário. Nós não mudamos nossas posições, nem antes do apoio russo, nem depois. Fomos para Genebra, e ainda somos flexíveis. Mas, ao mesmo tempo, essas vitórias terão um impacto sobre as forças e os estados que obstruem a solução, porque esses estados, principalmente a Arábia Saudita, Turquia, França e Grã-Bretanha apostam em uma falha no campo de batalha, a fim de impor as suas condições de negociações políticas. Então, essas ações militares e o progresso militar levará a acelerar a solução política e não a obstruí-la.

Pergunta 9: Se falarmos sobre o futuro, como é que você prevê a existência de bases militares estrangeiras em território sírio, no futuro? De acordo com quais condições essas bases permaneceriam? E a Síria precisa delas?

Presidente Assad: Se falarmos sobre o período atual, período de terrorismo, sim, nós certamente precisamos delas, porque elas são eficazes no combate ao terrorismo. Mesmo que a situação na Síria tenha se tornado estável novamente, a partir de uma perspectiva de segurança, a luta contra o terrorismo não é rápida ou é transitória. O terrorismo se espalhou por décadas nesta região, e ele precisa de um longo período de tempo para se combater. Isto é, por um lado ou por outro, isto não está relacionado com o combate ao terrorismo somente. Está relacionada com a situação internacional em geral. Infelizmente, o Ocidente, durante a Guerra Fria, depois dela e até agora não mudou sua política. Ele (o ocidente) quer dominar a tomada das decisões internacionais. E, infelizmente, também, as Nações Unidas não foram capazes de desempenharem um papel de manutenção da paz no mundo. Então, até esse momento, até que a Organização das Nações Unidas recupera seu verdadeiro papel, bases militares continuam a serem necessárias para nós, para você, para o equilíbrio internacional no mundo. Este é um fato independentemente de nós concordarmos ou discordarmos com ele, mas por enquanto continua a ser necessário.

Pergunta 10: Sobre que bases você está falando exatamente agora?

Presidente Assad: Eu estou falando sobre as da Rússia. Não há outros estados, porque nossas relações com a Rússia existem há mais de seis décadas e elas (as relações) são baseadas na confiança e clareza. Além disso, no caso é porque a Rússia baseia suas políticas em princípios, e nós também baseamos nossas políticas em princípios. É por isso que quando há bases militares russas na Síria, não constituem uma ocupação. Pelo contrário, elas reforçam as nossas relações e nossa amizade, e reforça a segurança e segurança é o que nós queremos.

Pergunta 11: Você prevê, ou poderia permitir que a Síria se transforme em um estado federalizado? Se sim, qual seria a forma do autogoverno curdo? Como isso se estenderia?

Presidente Assad: Geograficamente falando, a Síria é muito pequena para um estado federal. É provavelmente menor do que a maioria das repúblicas da Federação Russa. Socialmente falando, uma federação precisa de círculos eleitorais sociais que não podem viver uns com os outros. Isso não existe na história síria. Em princípio, eu não acredito que a Síria está preparada para o federalismo. Não há fatores naturais que possam levar ao federalismo. Em última análise, é claro, nós, como um estado, diremos que concordamos com o que quer que o povo sírio concordar. A questão do federalismo está ligada à constituição, e a constituição precisa de aprovação popular. Mas não é um conceito que precisa ser corrigido em relação ao federalismo curdo. A maioria dos curdos querem viver em uma Síria unificada, sob um sistema central, não em um sistema federal, no sentido político. Portanto, não devemos confundir alguns dos curdos que querem um sistema federal, por um lado, com todos os curdos do outro. Pode haver outros muito pequenos círculos eleitorais, não só os curdos, que buscam o federalismo. Mas a ideia do federalismo não é uma proposição geral na Síria; e eu não acredito que se ele for posto a votação, será aprovada pelo povo sírio.

Pergunta 12: Mas agora há uma conversa sobre a nova Constituição. Você concorda que o esboço da nova Constituição estará pronto até agosto? Esta é a data fixada por John Kerry em suas conversações no Kremlin; Considerando que a posição da Rússia ainda não foi anunciada. Esta é a posição que Kerry anunciou em Moscou.

Presidente Assad: O projeto de Constituição pode ser preparado em questão de semanas. Os peritos estão lá, e há proposições que podem ser recolhidas. O que leva tempo é a discussão. A questão não é quanto tempo vai demorar a elaboração da Constituição, mas o qual é o processo político através do qual passaremos a discutir a constituição. Nós, como um Estado podemos redigir a Constituição e colocá-la para votação. Mas quando falamos de forças políticas, quem são essas forças políticas? Nós não sabemos. Nós colocamos esta pergunta para Staffan de Mistura. Ele também não sabe. Mesmo os americanos não sabem. O Ocidente, ou alguns países, em particular a Arábia Saudita, querem reduzir tudo no outro lado para (ajudar) a oposição de Riyadh, a qual inclui terroristas. Então, deve haver uma única imagem para a oposição. Isso não existe. Em seguida, negociaremos com eles sobre uma constituição. Fora isso, agosto soa como um tempo bom e suficiente.

Referência:

Al-Masdar

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